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DIA INTERNACIONAL DA MULHER  –  Um grito no escuro

Sempre que se conta um conto de fadas, a noite vem”.

                                                                              –Clarissa Pinkola Estés-

Queria falar hoje só de flores. Essas flores que enfeitam e dão cores a esse mundo. Que nos dão a vida e que nos fazem andar na vida. As mulheres. Esse ser único de que o homem sobrevive nesse planeta.

Infelizmente o Dia da Mulher no Brasil, cada vez mais se mostra o Dia da Intolerância. As comemorações que deveriam lembrar a mulher como mãe, amiga, companheira ou outra designação de amor, se tornou um tormento para milhares de famílias que se angustiam ou se desesperam diuturnamente nos lares e nas ruas, pelos atos de violência que sofrem. A morte de mulheres tornou-se objeto vulgar e assustador. Foram registrados mais de 600 casos no último ano no Brasil.

A cada dois minutos há um registro de lesão corporal a vulneráveis, totalizando quase 300.000 denúncias, em decorrência de violência doméstica. Mais de 700.000 chamadas de socorro aos postos policiais. A crise moral do final do século XX adentrou o século XXI, perturbadora e avassaladora, destruindo lares e famílias. E a mulher se tornou a maior vítima dessa estupidez, perdendo-se no tempo a compaixão e voltando a criatura humana a quase andar de quatro. Será que a humanidade voltará a viver sem os valores morais que tanto assolaram e desolaram a Idade Média?

Não podemos acreditar que o caminho percorrido através dos séculos, retroaja aos sentimentos animalizados. Movidos apenas pelos desejos, prazeres ou ideias, sem incluir o amor ao próximo. Temos que saber conviver com o outro. Entender o processo humanístico, filosófico e espiritual que emana além do corpo físico. A crise moral que assola o ocidente fez com que se esquecessem da mãe carinhosa, da irmã solidária ou da tia bondosa, criando demônios além do bem e do mal.

Por isso, nesse dia de externar o nosso amor ao lado feminino de nossas vidas, temos que reavivar esses sentimentos de gratidão à existência plena. Estimular os nossos filhos a exaltar atitudes que estimulem o bem comum, numa estratégia coletiva de sobrevivência. Essa sociedade que já está traumatizada com esses fatos diários, tem que sair desse círculo vicioso de perpetração e vitimização. Temos que evoluir. Temos que dar liberdade à mulher, e liberar a real manifestação de seus pensamentos. Pois ela transmite sucessivamente a vida e sustenta os pilares da humanidade.

 

Claudio Luiz Viegas – Conselheiro da Associação de Vizinhança da Península Norte.

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