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O DESASTRE DAS GALERIAS PLUVIAIS NA PENÍNSULA NORTE

Uma expressão popular diz “que a casa só tem goteiras quando chove”. Podemos então transportar essa expressão para o desastre ocorrido em diversos conjuntos habitacionais da Península Norte na sexta-feira e no sábado, dias 26 e 27 de fevereiro, com as intensas chuvas que ocorreram. Nesses dois dias, diversas residências foram invadidas pela água das chuvas decorrente de deficientes galerias pluviais, ou por falta desses caminhos de água em diversos conjuntos.

Por longos anos, diversas ruas foram sendo construídas com desníveis de terraplanagem e sem saídas para um despejo natural no lago.  Decorrente de um deficiente planejamento público, temos na atualidade a invasão das aguas nas residências, levando a queda de muros, jardins destroçados, garagens submersas e piscinas invadidas pelo lodo. Acrescente-se, o rompimento desastroso de galerias pluviais mal construídas, levando o perigo de desmoronamento de residências vizinhas.

 

Não é de agora que ocorrem essas anomalias do sistema de captação de águas pluviais na Península Norte. A Prefeitura Comunitária tem um mapeamento de solicitações encaminhadas à Novacap, via Administração do Lago Norte, para a realização dessas obras de infraestrutura em diversos conjuntos, onde a drenagem é deficiente ou não existe. São mais de 10 anos implorando para que sejam incluídas no orçamento anual de obras prioritárias. Infelizmente, ano a ano são proteladas, para desespero dos moradores que são atingidos.

 

Ao longo dos últimos 10 anos os moradores estão solicitando essas melhorias nos seguintes conjuntos e quadras:

  • QI 01, conj. 05
  • QI 02, conj. 07
  • QI 02, conj. 12
  • QI 03, conj. 02
  • QI 03, conj. 05
  • QI 03, conj. 08
  • QL 04, conj. 01
  • QL 04, conj. 04
  • QL 05, conj. 03
  • QI 05, conj. 07
  • QI 06, conj. 10
  • QL 07, conj. 03
  • QI 07, conj. 12
  • QL 08, conj. 03
  • QI 13, conj. 04
  • QI 14, conj. 09
  • QI 15, conj. 02

A impressão que fica, a cada estação chuvosa e com os mesmos problemas se repetindo, é de que obras que ficam embaixo da terra não trazem votos nas eleições que ocorrem a cada quatro anos. Por isso talvez são empurradas com a barriga, como se diz na gíria popular, na ilusão, quem sabe, de que a população esqueça esses problemas, por ocorrerem apenas em épocas chuvosas. Mas como as previsões meteorológicas indicam mais chuvas e tempestades para os anos vindouros, devido ao aquecimento global, provavelmente não serão esquecidas até 2022.

A cobrança dos moradores para a realização dessas obras de infraestrutura, são legítimas, porque é o retorno dos impostos recolhidos pelo GDF, e que deveriam ter a devida previsão orçamentária anualmente, para cada região administrativa. Se as goteiras ou as enxurradas teimam em se manter, que a Administração então inclua no orçamento desse ano a construção das galerias de águas pluviais que estão faltando na Península Norte.

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